História
da cartografia
Como
surgiram os primeiros mapas
Antes da invenção da escrita os homens já faziam mapas para representar os lugares onde viviam e por onde passavam. Com o aparecimento das primeiras civilizações, na Mesopotâmia, na Grécia, no Egito e na China e a expansão de seus territórios, os mapas passaram a ter ainda maior importância. Era necessário conhecer os limites das áreas dominadas e as possibilidades de ampliação de suas fronteiras.
Mais que uma ferramenta de orientação e de localização, os mapas se transformaram numa técnica fundamental para a expansão das civilizações e o seu desenvolvimento técnico acabou sendo colocado a serviço do poder. Eles se tornaram um instrumento fundamental
Antes da invenção da escrita os homens já faziam mapas para representar os lugares onde viviam e por onde passavam. Com o aparecimento das primeiras civilizações, na Mesopotâmia, na Grécia, no Egito e na China e a expansão de seus territórios, os mapas passaram a ter ainda maior importância. Era necessário conhecer os limites das áreas dominadas e as possibilidades de ampliação de suas fronteiras.
Mais que uma ferramenta de orientação e de localização, os mapas se transformaram numa técnica fundamental para a expansão das civilizações e o seu desenvolvimento técnico acabou sendo colocado a serviço do poder. Eles se tornaram um instrumento fundamental
para
definir estratégias militares, na conquista de novos territórios e de outros
povos.
Através dos mapas, também, os governos organizavam a cobrança de impostos das regiões submetidas a grandes impérios, definiam as rotas militares e comerciais e sintetizavam as principais informações acerca do espaço geográfico que lhes interessava.
Através dos mapas, também, os governos organizavam a cobrança de impostos das regiões submetidas a grandes impérios, definiam as rotas militares e comerciais e sintetizavam as principais informações acerca do espaço geográfico que lhes interessava.
Cartas
de navegação
O
desenvolvimento da navegação, no século 13, exigiu a elaboração de mapas cada
vez mais precisos para apoiar o deslocamento a lugares cada vez mais distante.
Surgiram, neste período, as cartas de navegação ou cartas portulanas,
criadas pelos navegadores genoveses (Itália),
que precederam Cristóvão Colombo.
As cartas portulanas utilizaram a bússola para demarcar as direções dos locais conhecidos, a partir de um ponto de referência. Esse tipo de mapas também chamados pelos portugueses de "cartas de marear", só puderam ser elaborados com a popularização do uso da bússola, conhecida há aproximadamente 2.000 anos, mas introduzida na Europa apenas por volta do século 12.
As grandes navegações européias, nos séculos 15 e 16, marcaram a conquista do oceano Atlântico. Era necessário descobrir novas rotas comerciais.
Portugal e Espanha, os primeiros Estados a se consolidar na Idade Moderna, lançaram-se ao desafio de buscar as mercadorias extraídas ou produzidas no Oriente, através do Atlântico. Novas formas invenções e aperfeiçoamentos técnicos na arte de navegar tornaram possível a navegação para lugares nunca antes conhecidos. A invenção das caravelas, o aperfeiçoamento a bússola, a invenção do astrolábio (instrumento que indicava a inclinação do Sol e permitia determinar a posição da embarcação em relação à linha do Equador) e outros instrumentos viabilizaram tal empreendimento.
As cartas portulanas utilizaram a bússola para demarcar as direções dos locais conhecidos, a partir de um ponto de referência. Esse tipo de mapas também chamados pelos portugueses de "cartas de marear", só puderam ser elaborados com a popularização do uso da bússola, conhecida há aproximadamente 2.000 anos, mas introduzida na Europa apenas por volta do século 12.
As grandes navegações européias, nos séculos 15 e 16, marcaram a conquista do oceano Atlântico. Era necessário descobrir novas rotas comerciais.
Portugal e Espanha, os primeiros Estados a se consolidar na Idade Moderna, lançaram-se ao desafio de buscar as mercadorias extraídas ou produzidas no Oriente, através do Atlântico. Novas formas invenções e aperfeiçoamentos técnicos na arte de navegar tornaram possível a navegação para lugares nunca antes conhecidos. A invenção das caravelas, o aperfeiçoamento a bússola, a invenção do astrolábio (instrumento que indicava a inclinação do Sol e permitia determinar a posição da embarcação em relação à linha do Equador) e outros instrumentos viabilizaram tal empreendimento.
Os
portugueses contornaram o continente
africano,
sem ter idéia das distâncias e dificuldades que separavam o reino português das
mercadorias do Oriente. Os investimentos eram caríssimos e de alto risco.
Várias embarcações desapareceram e milhares de vidas foram perdidas nesses
empreendimentos. O caminho perseguido pelos portugueses era correto. Quando
comparado à opção espanhola era também o mais viável. Mas, naquele momento,
ninguém conhecia suficientemente o mundo para ter essa
certeza.
Portugueses e espanhóis dessa época chegaram a um conhecimento bastante amplo do mundo e representaram este novo horizonte geográfico, através dos mapas. Excluindo a Antártida, a visão da distribuição das terras e das águas tornou-se muito próxima da que temos na atualidade.
Portugueses e espanhóis dessa época chegaram a um conhecimento bastante amplo do mundo e representaram este novo horizonte geográfico, através dos mapas. Excluindo a Antártida, a visão da distribuição das terras e das águas tornou-se muito próxima da que temos na atualidade.
Como
interpretar reduções em mapas
O mapa
é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa redução - feita com o
uso da escala - torna possível a manutenção da proporção do espaço
representado. É fácil reconhecer um mapa do Brasil, por
exemplo, independente do tamanho em que ele é apresentado, pois a sua confecção
obedeceu a determinada escala, que mantém a sua forma. A escala cartográfica
estabelece, portanto, uma relação de proporcionalidade entre as distâncias
lineares num desenho (mapa) e as distâncias correspondentes na
realidade.
As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação gráfica ou de uma representação numérica.
As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação gráfica ou de uma representação numérica.
Escala
gráfica
A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território. Observe:
A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território. Observe:
De
acordo com este exemplo cada segmento de 1cm é equivalente a 3 km no terreno, 2
cm a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância no mapa, entre duas
localidades seja de 3,5 cm, a distância real entre elas será de 3,5 X 3, ou
10,5 km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apresenta a vantagem de
estabelecer direta e visualmente a relação de proporção existente entre as
distâncias do mapa e do território.
Escala
numérica
A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele representa.
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da mesma escala gráfica apresentada anteriormente.
Caso o mapa seja confeccionado na escala
1 300, cada 1cm no mapa representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas
transformações é necessário aplicar a escala métrica decimal:A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele representa.
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da mesma escala gráfica apresentada anteriormente.
Aplicação
da escala
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:
As
questões que envolvem o uso da escala estão geralmente relacionadas a três
situações:
1.
Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), num mapa
de escala (E) 1: 300 000.
D=5 cm X 300 000
1 500 000 cm
ou 15 Km
2.
Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois pontos
situados a 15 km de distância (D) um do outro.
3.
Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no mapa (d)
de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km.
Grande
e pequena escala
Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala.
As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.
A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exatidão de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam. Aliás, o detalhamento neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser selecionadas para atender apenas o objetivo pelo qual foram elaboradas.
Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala.
As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.
A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exatidão de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam. Aliás, o detalhamento neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser selecionadas para atender apenas o objetivo pelo qual foram elaboradas.
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